sábado, 13 de novembro de 2010

CASA DE BANDEIRANTE EM SÃO ROQUE - SP


São Roque abriga a "Casa e a Capela do Sítio Santo Antonio", um bem cultural de relevância nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional IPHAN no ano de 1941. A casa-grande foi edificada no século XVII, no ano de 1681, pelo bandeirante Fernão Paes de Barros. Trata-se de conjunto arquitetônico de natureza singular, formado por uma casa-grande e uma capela feitas em taipas de pilão, sendo a mais antiga da região. Um dos primeiros a reconhecer seu valor arquitetônico e histórico foi o escritor modernista Mário de Andrade- cuja família doou o imóvel ao Patrimônio Histórico Nacional após sua morte, conforme desejo do escritor.
Digna de ser visitada é a reserva ecológica conhecida localmente como "Mata da Câmara", um parque municipal no qual se pode admirar a vegetação natural da Mata Atlântica, com suas típicas orquídeas, bromélias, etc. A área faz parte do chamado "cinturão verde da Mata Atlântica", reconhecido como patrimônio natural da humanidade pela UNESCO.

A Casa dos Bandeirantes

Segundo alguns autores esta casa, construída em taipa de pilão, com 350 m2.  divididos em 12 cômodos, além dos alpendres frontal e posterior, está localizada em terras originalmente conhecidas como Uvatantan, que foram doadas aos jesuítas por Afonso Sardinha.  A partir de 1759, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, a casa passou por diversos proprietários, até que, em 1938, a Cia. City de Melhoramentos, responsável pela urbanização das margens do rio Pinheiros, efetuou sua doação à Prefeitura.  Situada à meia encosta da margem do Pinheiros, a Casa do Butantã tinha originalmente os fundos voltados para o rio. Concluída a retificação do rio, a casa passou a ser margeada pela frente, localizando-se no centro de uma praça de 14.000m2.

HABITAÇÃO INDÍGENA

Conhecendo uma oca
Oca é uma habitação típica dos povos indígenas. A palavra tem sua origem na família linguística tupi-guarani.
As ocas são construídas coletivamente, ou seja, com a participação de vários integrantes da tribo. São grandes, podendo chegar até 40 metros de comprimento. Seu tamanho é justificado, pois várias famílias de índios habitam uma mesma oca. Internamente este tipo de habitação não possui divisões. São instaladas na parte interna da oca diversas redes, que os índios usam para dormir.
A estrutura das ocas são bastante resistente, pois elas são construídas com a utilização de taquaras e troncos de árvores. A cobertura é feita de folhas de palmeiras ou palha. Uma oca pode durar mais de 20 anos.
As ocas não possuem janelas, porém, a ventilação ocorre através portas e dos frizos entre as taquaras da parede. Costumam apresentar de uma a três portas apenas.
Curiosidade: 
- Uma oca de tamanho grande pode levar de 10 a 15 dias para ser construída, com o trabalho de 20 a 30 índios.

Tipos de habitações indígenas
Oca
É uma a mais comum habitação indígena, principalmente entre os índios da família tupi-guarani. Consiste em uma grande cabana, feita com troncos de árvores e cobertas com palha ou tranco de palmeira. Na oca, podem viver várias famílias de uma mesma tribo.
Maloca
Nome que se dá há várias habitações indígenas de uma mesma tribo. É um nome também empregado para designar uma aldeia indígena.
Taba
Habitação indígena menor que a oca. Também de origem tupi-guarani, é um termo mais usado pelas tribos da Amazônia. Nesta região também serve para designar aldeamento indígena.
Tapera
Em tupi, a palavra tapera significa "aldeia extinta". Portanto, uma tapera é um conjunto de habitações indígenas que foi abandonado pelos índios que ali viviam. A tapera geralmente encontra-se em ruínas e ocupada por mato.
Opy
É uma espécie de casa de rezas dos índios. Servem também para a realização de festas religiosas e rituais sagrados.
 

Idade Média

A configuração da residência européia medieval variou bastante ao longo do tempo, visto que trata-se de um período longo. Também variava em tamanho de acordo com a camada social, embora a construção mais comum fosse aquela constituída, de uma forma geral de um único recinto, composto por poucas peças de mobiliário (como alguns assentos e baús) e principalmente por uma lareira (ou mesmo uma fogueira) em seu centro, a fim de se evitarem incêndios. Todas as atividades eram realizadas e compartilhadas neste recinto único (alimentar-se, dormir, trabalhar, entre outros). As casas rurais e as urbanas diferiam bastante, mas a superposição de funções era comum.

Casa romana

Diferentemente daquilo que se sabe a respeito da arquitetura residencial grega, aparentemente as casas romanas variavam bastante em seu formato, tamanho em caráter. De qualquer forma, conhecem-se hoje alguns modelos destas habitações, os quais reproduziam-se (e, consquentemente, sofriam alterações várias) nas diversas cidades fundadas pelos romanos. Uma das primeiras dieferenças em relação à casa grega é a generalização da existência de não mais um, mas de dois páteos nas residências unifamiliares romanas: tal aspecto costuma ser apontado como uma evidência do caráter patriarcal daquela sociedade, visto que um dos páteos seria restrito à circulação dos homens da casa.
Verificavam-se dois modelos bastante difundidos de residências em Roma: as insulae (caracterizadas como edifícios de múltiplos andares, normalmente usufruídos via aluguel, e destinados às camadas populares) e os domus (residências maiores, unifamiliares e destinadas às camadas mais ricas, normalmente situadas em pontos mais altos das cidades).
Constituindo-se de uma sociedade essencialmente urbana, porém, os romanos também desenvolveram um modelo peculiar de residência rural, a qual ficou conhecida como villa (embora a palavra não tenha relação direta com o atual significado de "vila" e nem pretende denotar um conjunto de casas, mas apenas uma). A villa caracterizava-se como uma grande propriedade associada aos patrícios, rodeada de pomares, jardins, fontes e outros elementos paisagísticos. Este modelo foi de tal forma presente na arquitetura romana que ele foi mais tarde adaptado às necessidades das elites do Renascimento: arquitetos como Andrea Palladio desenvolveram projetos de villas que se tornaram bastante relevantes na história da arquitetura.
Cabe também notar que a palavra lar era utilizada neste contexto para se referir à divindade domiciliar dos romanos, única para cada residência.

Casa grega

Segundo os atuais estágios de investigação arqueológica e histórica, os principais modelos existentes atualmente sobre a casa grega se referem a exemplares localizados em Atenas e relacionados ao período da democracia naquela cidade, durante os séculos V aC e IV aC. Segundo tais modelos e os estudos que se seguiram a eles, para os gregos, não havia a idéia de lote urbano: a casa ocupava todo o espaço possível e demandado pelo seu senhor, possuindo diretamente uma saída para a rua.
A casa grega voltava-se para dentro: acontecia ao redor de um páteo interno, o qual existia mesmo nas menores casas. Segundo os estudos sobre as ruínas atenienses, as casas em geral variavam entre 150 a 250 m², tamanho que as tornava próximas de lotes urbanos típicos do Brasil urbano contemporâneo, por exemplo. O setor das casas voltado para a rua normalmente englobava os cômodos dominados pelo pai da família e pelos homens da casa (e possivelmente os únicos cidadãos que ali moravam, visto que as mulheres e escravos não possuíam tal status) e era conhecido como androceu, enquanto o setor dominado pelas mulheres era chamado gineceu. Para os gregos, visto que a casa era a expressão da propriedade privada do seu senhor, ela também era a manifestação da esfera privada da vida urbana (enquanto a esfera pública se dava em espaços como a ágora, a pnix, e as ruas). Desta forma, a casa era considerada território inviolável. Normalmente era térrea, embora fossem também comuns aquelas estruturadas em dois pavimentos.

Antiguidade

A idéia de casa como sinônimo de propriedade privada de um indivíduo ou de uma família (e portanto sinônimo de um poder ou força social) não acontece de imediato, à medida que as sociedades da Antiguidade evoluem, revelando-se ao contrário um processo lento e de diferentes manifestações. Tal idéia se dará de fato com a democracia grega, de tal forma a que a cidade grega clássica estabeleça modelos de urbanidade e de relações entre as casas que permanecem de alguma forma vivos na sociedade contemporânea ocidental.

História da residência

Normalmente se entende que a casa surge como elemento fundamental da constituição da vida humana no momento em que o ser humano abandona o nomadismo e passa a abrigar-se em sítios específicos. O desenvolvimento do conceito de casa, assim como o da sua diferenciação do simples conceito de abrigo, ocorre paralelo à definição por parte do homem de conceitos como território, lugar e paisagem: a casa, como propriedade, estabelece relações entre indivíduos e entre grupos sociais, passando eventualmente a ser identificada com a idéia de poder. Como já ressaltado, porém, o desenvolvimento do conceito de casa é fruto de um processo sócio-cultural, de tal forma que em diferentes locais do mundo e em diferentes sociedades ele evoluiu de maneiras diversas.
O estudo histórico da residência, porém, poucas vezes gozou de posição privilegiada na historiografia da arquitetura, a não ser pelo estudo das obras de exceção que se eventualmente se verificam em sua história (como no estudo das villas paladianas do Renascimento ou das residências do movimento moderno, por exemplo). Além disso, o estudo das casas populares dos diferentes períodos históricos muitas vezes depende de pesquisas arqueológicas que se baseiam em poucas fontes e raros vestígios, visto que são poucos os exemplares que porventura tenham sobrevivido ao tempo. Por outro lado, o estudo de tais casas também é um elemento importante de diversas pesquisas de caráter antropológico. Por todos estes motivos, nota-se que há atualmente algum conhecimento acadêmico consolidado com relação ao estudo das residências de determinados períodos (como o das casas romanas) ao mesmo tempo que há pouco sobre outros (como o das casas populares medievais ou mesmo de períodos mais recentes).

CASA, MORADIA...SONHO DE TODOS

Uma casa (do latim casa) ou uma residência (do latim residentia) é, no seu sentido mais comum, uma parede artificial construída pelo ser humano cuja função é constituir-se de um espaço de moradia para um indivíduo ou conjunto de indivíduos, de tal forma que eles estejam protegidos dos fenômenos naturais exteriores (como a precipitação, o vento, calor e frio, entre outros), além de servir de refúgio contra ataques de terceiros. Apesar de seu caráter artificial em relação às construções naturais, originalmente o homem utilizou-se de formações naturais, como cavernas, para suprimir as demandas de uma residência, porém estas estruturas tendem a caracterizar-se mais como um abrigo que como um lar. Neste sentido, a casa é entendida como a estrutura que para além de constituir-se como abrigo, define-se como uma construção cultural de uma dada sociedade. A residência, portanto, corresponde ao arquétipo da habitação — termo que normalmente é empregado por especialistas para ser referir genericamente ao ato de morar e às suas várias possibilidades e configurações, enquanto a casa é entendida como o objeto da moradia.
O termo lar, por outro lado, ainda que possa ser considerado um sinônimo de casa, apresenta uma conotação mais afectiva e pessoal: é a casa vista como o lugar próprio de um indivíduo (ou seja, aquilo que constitui sua propriedade), onde este tem a sua privacidade e onde a parte mais significativa da sua vida pessoal se desenrola. Apesar da modernidade ter afastado sobremaneira o indivíduo de sua casa (posto que ele passou a vivenciar longos períodos do dia fora de casa, trabalhando, recreando-se ou circulando pela cidade), o lar sempre foi considerado uma referência de identidade para o sujeito.
A idéia de casa está tradicionalmente também associada à idéia de família, de tal forma que a palavra costuma ser usada com este significado. Uma visão também tradicional a respeito da estrutura de uma sociedade considera a família como sua unidade fundamental, enquanto a casa corresponderia à unidade fundamental de uma cidade.