
Segundo os atuais estágios de investigação arqueológica e histórica, os principais modelos existentes atualmente sobre a casa grega se referem a exemplares localizados em Atenas e relacionados ao período da democracia naquela cidade, durante os séculos V aC e IV aC. Segundo tais modelos e os estudos que se seguiram a eles, para os gregos, não havia a idéia de lote urbano: a casa ocupava todo o espaço possível e demandado pelo seu senhor, possuindo diretamente uma saída para a rua.
A casa grega voltava-se para dentro: acontecia ao redor de um páteo interno, o qual existia mesmo nas menores casas. Segundo os estudos sobre as ruínas atenienses, as casas em geral variavam entre 150 a 250 m², tamanho que as tornava próximas de lotes urbanos típicos do Brasil urbano contemporâneo, por exemplo. O setor das casas voltado para a rua normalmente englobava os cômodos dominados pelo pai da família e pelos homens da casa (e possivelmente os únicos cidadãos que ali moravam, visto que as mulheres e escravos não possuíam tal status) e era conhecido como androceu, enquanto o setor dominado pelas mulheres era chamado gineceu. Para os gregos, visto que a casa era a expressão da propriedade privada do seu senhor, ela também era a manifestação da esfera privada da vida urbana (enquanto a esfera pública se dava em espaços como a ágora, a pnix, e as ruas). Desta forma, a casa era considerada território inviolável. Normalmente era térrea, embora fossem também comuns aquelas estruturadas em dois pavimentos.
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